Descobriu a pólvora (I)

Ufa! Meses sem postar. Finalmente arranjei um tempinho entre estágios, internet ausente e PC’s precisando de reparos. Estou de volta gente! (se é que alguém liga =P). Bom, o texto a seguir é o começo de mais uma das minhas séries e prometo ser longa viu! (ah, não…).

O tema “Descobriu a pólvora” refere-se a essas notícias veiculadas na mídia como se fosse a descoberta do século, mas que já são de conhecimento da maioria das pessoas. Não sei vocês, mas quando leio coisas do tipo eu digo: “Dããã! Não diga?!”

So, let’s go.

O preconceito tem vários nomes

O preconceito, ato que se refere a elaborar conceitos sobre algo ou alguém mesmo antes de conhecê-lo (lembra das aulas de filosofia sobre isso? Pois é) – é como se fosse o diabo (demônio, berlzebu, capiroto entre outros): tem vários nomes.

Agora, o preconceito da vez é denominado de bullying. E da vez é modo de dizer, claro. Após o terrível massacre na escola municipal do Rio de Janeiro Realengo (onde foram assassinadas a sangue frio 11 crianças entre 12 e 14 anos), o assunto bullying tomou conta da mídia como algo em ascensão.

O problema é que não é só nesse caso em que as pessoas só se dão conta do fato depois da tragédia acontecer. Há algum tempo externei aqui neste blog meu pesar quanto a tragédia em Teresópolis. Parece que a maioria das pessoas só abre os olhos depois de um belo tapa e, neste caso, foi um tapa banhado a sangue e muita comoção.

Pois bem, vendo a “novidade” da vez na televisão e demais veículos midiáticos, refleti e constatei:  parece que o ser humano ama se odiar. Sim, ama o ódio e a incompreensão. Vamos à receita:

 Junte tudo em uma só panela:

– Bullying, racismo, xenofobia, homofobia, desrespeito aos mais velhos, violência doméstica, violência infantil, violência contra os animais (nem eles escapam da irracionalidade dos ditos racionais), entre outras formas de excluir e humilhar um determinado grupo social. Tudo do mesmo pacote.

Modo de preparo:

Junte tudo em fogo de estopim bem alto.

Prato final:

Puro e simples preconceito.

Todos têm nomes, alvos, idade, raça diferentes, porém os mesmo pontos em comum: os motivos. Não difere em nada o motivo ser porque fulano é negro ou beltrano é pobre. O motivo se iguala porque simplesmente temos o prazer de menosprezar aquilo que é diferente e novo. Esse é o verdadeiro motivo.

Fato é que todos irão ter preconceito com algo em nossas vidas. Contudo, vale ressaltar que a minha crítica aqui não esta, mas sim ao fato da pessoa constatar esta, que para mim, é uma doença e preferir definhar no leito da ignorância.

E o agravante: não nos contentamos em guardar o preconceito conosco e sentir vergonha de si mesmos. Preferimos externar e ferir, seja com palavras ou agressão física, aquilo que consideramos inferior. Este é o verdadeiro problema do preconceito: ele fere e deixa marcas profundas em quem o sofre.

A discussão do bullying mesmo tardia é válida, porém o combate maior está no momento em que juntamos este e mais outros ingredientes da receita deixando mais forte o preconceito. Seja de que nomenclatura for, o preconceito está em todos os lugares, presente de todas as formas possíveis. Àqueles que são cristãos lembrem-se: temos que amar uns aos outros. Aos que não são: não faça aquilo que não queres que façam a você.

Deixe um comentário

Arquivado em Uncategorized

Deixe um comentário