Pretinho básico

– Ele é até bonitinho, mas tem o nariz muito largo.

– Olha que negro lindo! Tem os olhos claros. Azuis, azuis…

– Deveriam ter escolhido o Rocco Pitanga ao invés do Lázaro Ramos. O Lázaro nem tem pinta de galã.

Com estas declarações começo este post com uma pergunta: afinal o que é a beleza negra no Brasil?

Pelo que vejo na mídia brasileira e constato mais ainda por comentários, como esses acima, proferidos por alguns amigos meus, a beleza negra se expande apenas até os limites dos traços brancos. Passando disso, é considerado feio. (Devo lembrar que aqui o foco do racismo no Brasil, se volta para a estética, mais estreitamente voltado para o assunto focado na mídia, em especial novelas. Se eu citar outras formas, vocês abandonam meu blog de tanto que vão ler).

Sou muito nova ainda para inserir dados da história da TV brasileira, mas creio que desde a novela Xica da Silva (1996/1997), a participação do negro decididamente melhorou em relação a essa época comparada aos dias atuais. Deixamos para trás a cozinha dos patrões para ocupar o lugar das mocinhas e mocinhos em conflitos existenciais e amorosos.

Porém, reflita comigo: quantos que estão lendo este post não acham, de fato, o Rocco Pitanga mais bonito que o Lázaro Ramos. “Ah, o Lázaro não tem nenhum atrativo. Rocco tem os olhos verdes”, alguns devem argumentar. E eu acrescento mais alguns argumentos que vão um pouco além do que a razão percebe. Um tem a pele mais clara que a outra, um nariz mais afilado: traços brancos.

Agora pensem nas atrizes. Todas consideradas ícones da beleza negra (Sheron Menezes, Taís Araújo, Camila Pitanga), têm traços brancos. A única que se enquadrava no poder do gene dominante, foi Zezé Motta, durante algum tempo considerada símbolo sexual, contudo, rapidamente foi esquecida e nenhuma como ela voltou a ocupar tal patamar.

Posso parecer um tanto sóciopata e até uma fã enrustida de teorias da conspiração. Não estou querendo interferir no modo de ver a beleza de cada um, todos os que eu citei considero belos em sua etnia e traços, sejam brancos ou negros, asiáticos ou indígenas. Mas sim fazer ver se há preconceito existente na hora de dizer que esse ou aquele é ou não bonito.

Claro que nem tudo são apenas lamentações, ainda assim assumir papéis de destaque como alguém que subiu na vida de forma honesta, representa muito para a imagem do negro no Brasil, mas ainda é pouco e norteado de estereótipos. O difere os comentários do começo do texto de declarações sites racistas como “os negros não são bonitos, tem lábios muito grossos e narizes muito grandes”? Creio que nada.

Tudo o que disse foi baseado não só no que eu vejo, mas também na própria experiência, posso estar errada e ser amante de teorias da conspiração. Mas reflitam novamente: no fundo, não será isso mesmo?

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Descobriu a pólvora (I)

Ufa! Meses sem postar. Finalmente arranjei um tempinho entre estágios, internet ausente e PC’s precisando de reparos. Estou de volta gente! (se é que alguém liga =P). Bom, o texto a seguir é o começo de mais uma das minhas séries e prometo ser longa viu! (ah, não…).

O tema “Descobriu a pólvora” refere-se a essas notícias veiculadas na mídia como se fosse a descoberta do século, mas que já são de conhecimento da maioria das pessoas. Não sei vocês, mas quando leio coisas do tipo eu digo: “Dããã! Não diga?!”

So, let’s go.

O preconceito tem vários nomes

O preconceito, ato que se refere a elaborar conceitos sobre algo ou alguém mesmo antes de conhecê-lo (lembra das aulas de filosofia sobre isso? Pois é) – é como se fosse o diabo (demônio, berlzebu, capiroto entre outros): tem vários nomes.

Agora, o preconceito da vez é denominado de bullying. E da vez é modo de dizer, claro. Após o terrível massacre na escola municipal do Rio de Janeiro Realengo (onde foram assassinadas a sangue frio 11 crianças entre 12 e 14 anos), o assunto bullying tomou conta da mídia como algo em ascensão.

O problema é que não é só nesse caso em que as pessoas só se dão conta do fato depois da tragédia acontecer. Há algum tempo externei aqui neste blog meu pesar quanto a tragédia em Teresópolis. Parece que a maioria das pessoas só abre os olhos depois de um belo tapa e, neste caso, foi um tapa banhado a sangue e muita comoção.

Pois bem, vendo a “novidade” da vez na televisão e demais veículos midiáticos, refleti e constatei:  parece que o ser humano ama se odiar. Sim, ama o ódio e a incompreensão. Vamos à receita:

 Junte tudo em uma só panela:

– Bullying, racismo, xenofobia, homofobia, desrespeito aos mais velhos, violência doméstica, violência infantil, violência contra os animais (nem eles escapam da irracionalidade dos ditos racionais), entre outras formas de excluir e humilhar um determinado grupo social. Tudo do mesmo pacote.

Modo de preparo:

Junte tudo em fogo de estopim bem alto.

Prato final:

Puro e simples preconceito.

Todos têm nomes, alvos, idade, raça diferentes, porém os mesmo pontos em comum: os motivos. Não difere em nada o motivo ser porque fulano é negro ou beltrano é pobre. O motivo se iguala porque simplesmente temos o prazer de menosprezar aquilo que é diferente e novo. Esse é o verdadeiro motivo.

Fato é que todos irão ter preconceito com algo em nossas vidas. Contudo, vale ressaltar que a minha crítica aqui não esta, mas sim ao fato da pessoa constatar esta, que para mim, é uma doença e preferir definhar no leito da ignorância.

E o agravante: não nos contentamos em guardar o preconceito conosco e sentir vergonha de si mesmos. Preferimos externar e ferir, seja com palavras ou agressão física, aquilo que consideramos inferior. Este é o verdadeiro problema do preconceito: ele fere e deixa marcas profundas em quem o sofre.

A discussão do bullying mesmo tardia é válida, porém o combate maior está no momento em que juntamos este e mais outros ingredientes da receita deixando mais forte o preconceito. Seja de que nomenclatura for, o preconceito está em todos os lugares, presente de todas as formas possíveis. Àqueles que são cristãos lembrem-se: temos que amar uns aos outros. Aos que não são: não faça aquilo que não queres que façam a você.

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Moisés sem a terra prometida

Queridos leitores,

Venho hoje aqui neste post para mostrar-lhes um lindo texto que li (semana que vem tem um novinho meu, prometo!) do Blog do Igor Almeida. Reflexivo e de muita sensibilidade. Espero que gostem.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Moisés e os Conselheiros

Domingo à noite é um excelente período para tentarmos esquecer nossos momentos de trabalho e relaxar, tomando um café e fazendo um lanche com os amigos e/ou sua namorada. E quando o trabalho resolve te procurar em um domingo à noite, justamente na hora de seu momento de lazer?

Foi isso o que aconteceu comigo, minha noiva e um amigo. Estávamos no início da noite de domingo tomando um café na Lagoa da Jansen (ponto turístico, bastante frequentado nas noites ludovicenses), quando fomos abordados por um menino. Moisés era seu nome. Tinha 12 anos. Como dezenas de outras crianças de sua idade, estava perambulando pelas ruas e avenidas de São Luis. Se aproximou de uma mesa, aonde um casal estava lanchando. Pediu dinheiro, o que lhe foi negado pelo casal. Estávamos na mesa ao lado. Logo, Moisés se aproximou, ratificando o pedido feito na mesa do lado. Negamos-lhe o dinheiro, mas perguntamos o que estava fazendo ali naquele horário, e para que era o dinheiro. “É para comprar remédio para minha mãe, ela tá doente”, disse Moisés, ainda de forma bastante tímida. “Ela tem problema de pressão.”

Insistimos na conversa. Queríamos ver até onde ela iria chegar. Até onde Moisés iria se abrir conosco. Perguntamos se estava com fome, o que responde afirmativamente com a cabeça. Com uma cadeira vaga à mesa, oferecemos a ele um lanche tipicamente maranhense. “Quero cuscuz de milho”, foi logo falando, sentindo-se um pouco mais à vontade conosco.

“Estou a dois dias fora de casa. Moro no Coroadinho”, falou Moisés. Perguntado sobre a existência de mais familiares, afirmou dizendo que era só ele e a mãe, supostamente doente. Sem tio, irmão, avós. Ao mesmo tempo que comia ferozmente o cuscuz de milho com ovo, carne seca e Coca-Cola, Moisés brincava com os smartphones dispostos sobre a mesa. Impressionante a capacidade do menino em usar tais equipamentos! Sabia todas as funções dos mais diversos aparelhos! A partir daí, parecia que Moisés já nos conhecia a anos!

Não se percebia no rosto de Moisés qualquer sinal que configurasse que aquele menino fosse fazer mal a algum de nós. Parecia que nossos aparelhos eletrônicos estavam mas bem adaptados às mãos de Moisés do que às nossas.

De repente, Moisés retira do bolso traseiro punhado de notas de Real e pede que eu segure. Perguntei onde tinha conseguido aquele dinheiro. 25 reais, em notas de 2 e 5. Ele me disse que conseguiu “trabalhando”. Insisti, e perguntei no que ele trabalhava. “Pedindo, ué.”

Enquanto Moisés se deliciava com o cuscuz de milho e se divertia com os jogos e funções dos smartphones, minha noiva entrava em contato com o Conselheiro Tutelar da área do Centro, que estava de plantão naquele domingo à noite. Fora informado pelo mesmo que, como o menino disse que morava no Coroadinho (bairro da periferia de São Luis), era o Conselho Tutelar o responsável por Moisés. Tentativa frustrada de encontrar o Conselheiro da região do Coroadinho que estava de plantão. O telefone (do plantão!) chamava insistentemente. Recorremos então ao Conselheiro da região do Centro. O mesmo disse para aguardarmos um pouco, que retornaria a ligação, pois estava atendendo a um outro caso.

Ao ouvir o nome do Conselheiro do Centro, Moisés tomou um susto. “Fulano?”. Questionamos o porquê do espanto. Disse apenas que não gostava do Conselheiro, e que iria embora. Insistimos para que ficasse, que nós os levaríamos para casa. Enquanto isso, insistimos nos contatos com os conselheiros tutelares. O da área do Coroadinho não atendeu ao telefone. O da área do Centro, com quem tínhamos falado anteriormente, já estava com o celular (do plantão) desligado.

Na tentativa de ajudar o Moisés de alguma forma, colocamo-lo no carro e partimos rumo à sede do Conselho Tutelar do Centro. Deu para perceber o brilho nos olhos de Moisés quando entrou no carro. Iria andar num jipe. “Legal, posso ir na frente?”. Claro, pedido devidamente negado. Antes de entrar no carro, fui surpreendido com um súbito e caloroso abraço. Pronto. Naquele momento já não existia mais nenhuma ponta de desconfiança por parte dele.

Passando em frente à REFFSA (local onde se encontra o Plantão Central da Polícia Civil em São Luis), Moisés categoricamente verbalizou: “O delegado daí é horrível, manda matar bandido com metralhadora.” Não queria, de jeito nenhum, ser deixado ali.

Ao chegarmos na sede do Conselho Tutelar, a mesma estava fechada, confirmando as nossas suspeitas. Na porta do conselho, luzes apagadas, telefone fora de área… foram no total 20 chamadas. “Ô tia, conselheiro não saí da casa dele no domingo a noite pra pegar menor na rua não!”. Infelizmente, a sapiência do pequeno Moisés tornou-se evidente naquele momento. Vendo a sede do Conselho fechada, Moisés pediu que o deixássemos no Terminal da Integração da Praia Grande. Não vislumbrando outra alternativa, nada tínhamos a fazer a não ser atender o pedido de Moisés.

Chegando ao Terminal, antes de descer do carro, fomos agraciados com mais um abraço de Moisés. Pegou a calçada e andou em direção à entrada, com seus pés descalços, calção rasgado e sua camisa preta. Não era esse o destino que gostaríamos de ter dado a Moisés naquela noite. Contudo, foi o que se mostrou possível.

Na curta convivência com Moisés, algumas de suas frases chamaram atenção: “eu não confio em ninguém”; “já me iludiram muito nessa vida”; “me prometeram muita coisa e não cumpriram”. O que levou Moisés a confiar em nós? Quem prometeu algo a essa criança? Ainda resta alguma ponta de esperança na vida desse menino?

A impressão que tivemos é que Moisés ainda guarda uma certa ingenuidade infantil, apesar dessa ponta de desesperança.

 

http://blogoutrosolhares.blogspot.com/2011/03/moises-e-os-conselheiros.html

 

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Uma hora ela chega



– Quem?

 

– A inspiração

 

– Que bom =]

 

– É…

 

Depois de tempos postando ideias alheias venho agora com uma que surgiu de repente, mas num súbito muito bom.

 

Boa Leitura!

 

(ps.: o conteúdo deste blog não é bloqueado, mas ao copiar, favor citar a fonte, obrigada)

 

O que sei de ter vivido (com ele)

(por Aline Alencar)

 

Aprendi

Descobri

Relembrei

Senti

 

Aprendi com ele

Coisas que não sabia

A amar

Amá-lo

Me amar

Amar a vida

Amar quem me ama

 

Descobri com ele

Gosto por músicas

Filmes

Informática

E tantas outras coisas

Que nem pensava

Que um dia eu fosse gostar

 

Relembrei com ele

Palavras

Imagens

Fotos

Relembrei de mim mesma

Relembrei do valor que tenho

E que ninguém pode tirar de mim

 

Senti com ele

Sentimentos jamais vistos pelo meu coração

Até então

Senti dor,

frio,

medo

Tudo isso ao pensar

Que um dia fosse perdê-lo

Senti também

Calor,

carinho,

compreensão,

força

Tudo isso quando tinha ele ao meu lado

 

Em meio a tantos turbilhões que pagamos por viver

Fico a divagar sobre minha morte no amanhã

Ficaria feliz se antes disso estivesse comigo

Beijando com carinho meus olhos novamente

Fico a divagar que então assim eu finalmente seguiria

Até onde, não sei

Mas seguiria em paz

 

Aprendi, descobri, relembrei, senti:

Um misto de felicidade e contraditória tristeza

Reunidas em uma caixinha de número 4

Foi o pouco que aprendi do que é viver

Creio que isto seja amor

E a esse amor agradeço por ter vivido

 

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Piazzoleando

Perdi-me muitas vezes pelo mar
Com o ouvido cheio de flores recem-cortadas
Com a lingua, cheia de amor e de agonia
Muitas vezes me perdi pelo mar
Como me perco no coração de alguns meninos

Porque as rosas buscam em frente
Uma dura paisagem de osso
E as mão do homem não tem mais sentido
Que imitar as raízes sobre a terra
Como me perco no coração de alguns meninos

Perdi-me muitas vezes pelo mar
Ignorante da água
Vou buscando uma morte de luz que me consuma

(Frederico García Lorca)

boa poesia: a gente lê por aqui

para escutar enquanto lês ^^:

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Só o que está morto não muda!

Enquanto não tenho ideias próprias, prefiro que vejam boas ideias =]

MUDE

(Edson Marques)

Mas comece devagar, porque a direção

é mais importante que a velocidade.
Mude de caminho, ande por outras ruas,
observando os lugares por onde você passa.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Descubra novos horizontes.

Não faça do hábito um estilo de vida.

Ame a novidade.
Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo sabor,
o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
Busque novos amigos, tente novos amores.
Faça novas relações.
Experimente a gostosura da surpresa.
Troque esse monte de medo por um pouco de vida.
Ame muito, cada vez mais, e de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, de atitude.

Mude.
Dê uma chance ao inesperado.
Abrace a gostosura da Surpresa.

Sonhe só o sonho certo e realize-o todo dia.

Lembre-se de que a Vida é uma só,
e decida-se por arrumar um outro emprego,
uma nova ocupação, um trabalho mais prazeroso,
mais digno, mais humano.
Abra seu coração de dentro para fora.

Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.

Exagere na criatividade.
E aproveite para fazer uma viagem longa,
se possível sem destino.
Experimente coisas diferentes, troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você conhecerá coisas melhores e coisas piores,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento, a energia, o entusiasmo.

Só o que está morto não muda !

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Para que serve o amor?

Na verdade eu não sei. Mas quem sabe Edith Piaf e esse vídeo fofíssimo ajudem nessa questão. Se não, apenas sintam, deve ser bem melhor =]

A Quoi ÇA Sert L’amour

A quoi ça sert l’amour ?
On raconte toujours
Des histoires insensées.
A quoi ça sert d’aimer ?
L’amour ne s’explique pas !
C’est une chose comme ça,
Qui vient on ne sait d’où
Et vous prend tout à coup.
Moi, j’ai entendu dire
Que l’amour fait souffrir,
Que l’amour fait pleurer.
A quoi ça sert d’aimer ?
L’amour ça sert à quoi ?
A nous donner d’ la joie
Avec des larmes aux yeux…
C’est triste et merveilleux !
Pourtant on dit souvent
Que l’amour est décevant,
Qu’il y en a un sur deux
Qui n’est jamais heureux…
Même quand on l’a perdu,
L’amour qu’on a connu
Vous laisse un goùt de miel.
L’amour c’est éternel !
Tout ça, c’est très joli,
Mais quand tout est fini,
Il ne vous reste rien
Qu’un immense chagrin…
Tout ce qui maintenant
Te semble déchirant,
Demain, sera pour toi
Un souvenir de joie !
En somme, si j’ai compris,
Sans amour dans la vie,
Sans ses joies, ses chagrins,
On a vécu pour rien ?
Mais oui ! Regarde-moi !
A chaque fois j’y crois
Et j’y croirai toujours…
Ça sert à ça, l’amour !
Mais toi, t’es le dernier,
Mais toi, t’es le premier !
Avant toi, ‘y avait rien,
Avec toi je suis bien !
C’est toi que je voulais,
C’est toi qu’il me fallait !
Toi qui j’aimerai toujours…
Ça sert à ça, l’amour !…

Pra Que Serve o Amor

Pra que serve o amor?
A gente conta todos os dias
Histórias insensatas
Pra que serve amar?
O amor não se explica
É uma coisa assim
Que vem não se sabe de onde
E te pega de uma vez
Eu, eu escutei dizer
Que o amor faz sofrer
Que o amor faz chorar
Pra que se serve amar?
O amor, serve pra que?
Para nos dar alegria
Com lágrimas nos olhos
É uma triste maravilha
No entanto, dizem geralmente
Que o amor é decepcionante
Que de dois há um
Que nunca está contente
Mesmo quando o perdemos
O amor que conhecemos
Nos deixa um gosto de mel
O amor é eterno
Tudo isso é muito bonito
Mas quando tudo acabou
Não lhe resta nada
Além de uma enorme dor…
Tudo que agora
Lhe parece dilacerante,
Amanhã, será para você
Uma lembrança de alegria!
Em resumo, se eu entendi,
Que sem amor na vida
Sem essas alegrias, essas mágoas
Nós vivemos para nada?
Mas sim! Olhe pra mim!
Cada vez mais eu acredito nisso
E eu acreditarei pra sempre…
Que é pra isso que serve o amor!
Mas você, você é o último,
Mas você, você é o primeiro!
Antes de você não havia nada
Com você eu estou bem
Era você quem eu queria
Era de você que eu precisava
Você que eu amarei pra sempre
Pra isso que serve o amor!…

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E o Cristo chorou…

Queridos leitores, hoje venho a este blog fazer uma postagem diferente do que costumo escrever aqui. Venho compartilhar com vocês desta vez algo que não é nada engraçado, porém reflexivo: as enchentes no Rio de Janeiro. Deixo aqui com vocês meu texto de título: “A culpa é de quem?”

Boa leitura e boa reflexão!

A culpa é de quem?

Quando fui à Teresópolis, tinha apenas 17 anos, pouca instrução política e muitas dúvidas e inquietações, próprias dessa fase. Lembro-me que conheci um lugar em que as casas se pareciam com casas de veraneio na Itália, por exemplo: todas com estilo arquitetônico do país. Pelo menos assim eu comparava de acordo com o que via na televisão.

Fiquei deslumbrada, pois nunca fui acostumada com o calor de São Luis e aquele frio e a beleza européia da cidade me deixou fascinada e com vontade de ali morar. Porém, não havia conhecido o lado humilde da cidade e sim o lado rico e desenvolvido, bem cuidado e na minha cegueira apolítica e adolescente nem havia parado para pensar que esse lado pobre existisse. Parecia um lugar perfeito para mim.

Contudo, anos depois da minha breve visita ao local, me deparo com cenas chocantes das enchentes que destruíram esse lado subdesenvolvido de Teresópolis e outras cidades vizinhas a ela. Tais cenas me chocaram, pois lembrei de como conheci o local e batendo a mão na testa pensei “por que me chocar? Nenhum lugar é perfeito, você foi tola em pensar assim”. Não, nenhum lugar é perfeito mesmo.

Todo lugar tem violência, falhas na infra-estrutura e muitas pessoas que passam necessidade. Mas, creio que me choquei, porque nesta época não tinha muito consciência de realidade e talvez fosse até mais feliz assim. Como disse uma vez Cazuza “os ignorantes são felizes”. Porque se dá conta da realidade, é se dar conta de que existem não só coisas boas, mas também as ruins e muito ruins mesmo. É se dar conta do desespero humano e da luta constante pela sobrevivência.

Dói às vezes se deparar com isso. Dói ver o sofrimento de quem lutou anos para conseguir comprar uma televisão, por exemplo. Dói ainda mais ver pessoas que perderam entes queridos. Porém, dói muito mais ver que se põe a culpa em um elemento que cai dos céus para nos fazer bem e não o contrário: a chuva. Esta não tem culpa de nada. Nada mesmo. E para explicar um pouco isto que vos digo, faço minhas as palavras de uma citação (de autor desconhecido no momento) que um amigo e ex-colega de jornalismo, Ronnald Kelps, postou certa fez em uma das redes sociais:

“A tragédia poderia ser menor: Nosso Rio de Janeiro transborda. As forças da natureza geram destruição e morte. Rios de dor. Só essa dor tão pungente tira a invisibilidade dos pobres do nosso Rio, do nosso país. As chuvas no Rio, inevitáveis, poderiam produzir menos óbitos e desabamentos. A responsabilidade é também dos governantes, que, como de hábito, cuidam mais de obras grandiosas, cosméticas, do que de saneamento, habitação segura, dragagem de rios, coleta contínua e seletiva de lixo”.

Completei este pensamento com o seguinte comentário: “eu ainda acho que deveria ser lei prefeito morar nessas áreas com a família, filho de ministro da educação estudar em escola pública, governador tratar a saúde pelo SUS e por ai vai”. Sim, parece um absurdo isso que eu comentei, mas mais absurdo ainda é alguém chegar a um cargo no qual ele deveria favorecer aquela função na área pública. Alguém conhece filho de secretário de educação que estuda em escola pública? Eu não e duvido muito que exista. Pensem nisso.

Pois bem, creio que botar a culpa na chuva e em demais fatores que não em si mesmo é mal do ser humano. Não conseguimos conviver com a culpa e muitos preferem ignorar a prevenção do que poderia ser evitado. A falta de prevenção não é “privilégio” do Rio de Janeiro, meu Maranhão sofreu muito com isso tempos atrás e até hoje lembro com dor. Enfim, encerro esse texto assistindo muito emocionada às incessantes e inúmeras reportagens sobre esta tragédia. E o que me dói mais é saber que isto não termina aqui: pode acontecer outra vez , em qualquer outro lugar do nosso Brasil e eu posso estar aqui, de novo, compartilhando minha frustração e tristeza com vocês.

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Momento Nostalgia [parte 2]

Eu enganei vocês! Vai ter sim, mais um post para esta madrugada (graças à presença “amiga” ¬¬). Retomando o momento nostalgia, deixo aqui com vocês um trecho de uma das cenas mais memoráveis e porque não mais inspiradoras, não só para a infância, mas também para a literatura brasileira e mexicana. Anuncio agora, o grande poeta Chaves recitando “O cão arrependido” (de autoria que, creio eu, seja dele mesmo):

Abaixo, por escrito para quem quiser declamar um dia à alguém:

O cão arrependido

Volta o cão arrependido

Com suas orelhas tão fartas

Com seu osso roído

E com o rabo entre as patas

[o verso é repetido 44 vezes]

ps.: a “coreografia” é o melhor de tudo =]

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Desabafos de uma madrugada frustrada

frustraçãoQueridos leitores, depois de tanto tempo “eu volteiii agora pra ficar…”. Passei muito tempo sumida porque tenho problemas com inspiração (pra não dizer preguiça mesmo). Sabem, a “inspiração é uma mulher ingrata, que te beija, te abraça, te rouba e te mata” (fiz uma leve adaptação na letra ok). Pois bem, o que trás a boa filha de volta à casa é que esta madrugada fui surpreendida por uma situação nada confortável e que, creio eu, todo mundo já deve ter passado por algo semelhante. Por incrível que pareça, uma coisa tão comum e corriqueira se tornou inspiração para este pequeno texto. E por isso, vou compartilhar com vocês:

War

Em meio à noite, com sono, mas com preguiça de dormir (sim, ainda tenho esta capacidade – ou diria cúmulo?) comecei a ver clipes de músicas que lembram minha adolescência em sinal de uma nostalgia pré-data de aniversário. Pois bem, em meio a isso deixo minha TV ligada também como uma forma de não me sentir só, bem depressivo, eu sei. Acontece que levantei para mudar de canal (minha TV ainda é das antigas) e quando volto para a cama me deparo com aquela imagem medonha e que tanto me assombra. “Bem que eu senti uma presença negativa me observando pelas costas”, pensei. Aquilo me incomoda tanto que me paralisa e eu não sei o que fazer – se fujo ou se fico. Bem emblemática esta situação, eu diria. Só que eu não podia ficar ali parada a noite toda “apreciando” aquele ser, que talvez estivesse também a me observar. Resolvi então, lutar. Lutei, mas a batalha foi perdida. “Aquilo” num ato de muita destreza, digna de um ninja, me venceu em poucos segundos e fugiu. Ainda fugindo, eu sabia que sua presença se fazia em meu quarto e aquilo não iria me deixar mais dormir. Passei a noite em claro. Aranha, filha da p***, eu ainda te mato!

Esse é mais um post de:

Aline Alencar

Por hoje é só pessoal!

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